domingo, 7 de outubro de 2012

A vida verdadeira.

                  Viver, tudo vive, na infinita criação.


Vive o animal, vive a planta .A  própria pedra vive. Os cristais refazem-se,atestando a sua vitalidade. Mas nem toda a vida é a mesma. A vida do minério é inferior à do vegetal; e a vida deste está a quem da do animal. Dentro mesmo do reino animal, verifica-se uma série  enorme de gradação, começando na monera e culminando no homem, o mais complexo, elevado, elevado e perfeito dos animais.
No entanto, se o homem fecha o cíclo da evolução animal no cenário terreno, a vida prossegue seu curso em manifestações mais belas, mais imponentes: ela se ostenta em sua plenitude de força, de energia,de graça e de encanto, no espírito.
O espírito tem vida em si próprio. É a vida mesma que, após haver-se constituído em individualidade inteligente, racional e consciente, liberta da libré da carne, ressurge da animalidade, por onde passou ensaiando o seu voo.
Uma vez ressurgido, o espírito entra na plenitude de sua expansão. O homem que desconhece por completo o que seja aquela  espécie de vida , que ainda não anteviu seus vislumbres, embora longínquos, é um morto na expressão eloquente do DIVINO MESTRE. Sua palavra e sua doutrina, em síntese, representam o meio mediante o qual se conquista a vida verdadeira. Por em prática a moral cristã, importa em passar gradativamente da morte para a vida.
Considerado como animal, o homem é perfeito, ocupa o vértice da escala; não obstante, é o menos feliz dentre todos. Basta considerar que ele é o único animal que pensa na morte, e dela tem prévia consciência. Mas ainda não é tudo. O homem alimenta inspirações que não podem ser satisfeitas dentro da esfera  puramente material , enquanto que os animais têm tudo  de que carecem, nos restritos limites da órbita que lhes é própria. O homem permanecerá, como animal, sempre insaciável, sempre sequioso, ao passo que os animais inferiores podem realizar plenamente todas as suas necessidades.
Isto sucede com o homem precisamente, porque nele se verifica o ponto de transição do animal para o espiritual
As duas naturezas - inferior ou animal, e superior ou espiritual - entrechocam-se. Aquilo que o homem não logra realizar no mundo da animalidade representa as aspirações da alma, as volições do espírito que se debate no ergástulo da carne como a crisálida que emprega seus primeiros esforços para romper o casulo que lhe embarga o voo.

Um comentário:

Denise Rezende disse...

MENSAGEM TIRADA DO LIVRO (NAS PEGADAS DO MESTRE - VINÍCIUS) -FEB.